Rua Nova, atualmente Rua Dom Diogo de Sousa.
A antiga Rua Nova, aberta no início do século XVI pelo Arcebispo Dom Diogo de Sousa passou de certa forma a fazer com a Rua do Souto um corredor central que atravessava o recinto amuralhado. Esta rua estende-se desde o fim da Rua do Souto junto à Igreja da Misericórdia até ao Arco da Porta Nova. Na parte superior da figura vemos o lado Norte da rua de Oeste para Este, vemos primeiro o Arco da Porta Nova que hoje tem um aspeto mais monumental obra do início do século XVIII. Os edifícios mantêm as suas fachadas se bem que as janelas foram sendo atualizadas. Após o primeiro edifício vê-se uma fonte brasonada recuada em relação à rua que hoje serve de porta de um restaurante. Depois do cruzamento com a antiga Rua do Campo, hoje Rua Dom Frei Caetano Brandão, seguem-se novamente edifícios simples até se vislumbrar um grande edifício apalaçado com varanda que hoje é a Associação Empresarial de Braga. O último edifício trata-se da ala renascentista Oeste do Palácio Arquiepiscopal que no piso térreo virado a Este tem uma famosa colunata.
No lado Sul da Rua, orientado de Este para Oeste, vemos inicialmente a Igreja e Casa da Misericórdia praticamente como se encontram hoje. O último edifício desse correr, acolhe hoje em dia o Tesouro Museu da Sé cuja porta principal é já para a Rua do Cabido (na altura dos Açougues Velhos). Surgem mais edifícios de traça típica da época que estão praticamente como hoje. No último correr da rua podemos ver mais edíficios típicos até se vislumbrar uma Pracinha sem nome, hoje chamada de Largo da Praça Velha, estando o último edifício antes da praça magnificamente restaurado, mantendo totalmente a traça antiga. Já o coberto no meio da praça desapareceu. O edifício logo após a Praça é medieval e suspeita-se que seja um dos mais antigos da cidade senão o mais antigo.
Esta rua foi uma das mais intervencionadas e renovadas nos últimos anos. Quase todas as fachadas foram mantidas tal como existiam, exceto uma ou outra que sofreram o aumento de um ou mais pisos, em alguns casos, infelizmente não se manteve o mesmo estilo dos pisos inferiores mais antigos. De qualquer forma, quem percorrer esta rua, se conseguir pôr de parte os negócios contemporâneos existentes e imaginar essencialmente oficinas e lojas antigas, e ainda, se ignorar o facto de hoje o piso ser em pedra e estar relativamente limpo ao invés de terra massacrada com dijetos, quase consegue experenciar o que seria aquela rua por volta de meados do século XVIII.
